Apesar de eu nunca ter tido muita vontade de conhecer os Estados Unidos, todas as vezes que eu escutava a famosa “New York, New York”, de Frank Sinatra, eu fechava os olhos e me imaginava caminhando, feliz da vida, pelas ruas da cidade que nunca dorme. Muitos anos depois, Alicia Keys e Jay- Z retrataram a cidade de uma maneira totalmente diferente. Em uma versão “pop” e empolgante, eles descrevem uma New York mais agitada, mais moderna e muito mais interessante.
Em um dia aleatório, nesta mesma época em que “Empire State of Mind” chegou ao topo do Hot 100 da Billboard (revista norte-americana conhecida como a “Bíblia da Música”) entrei no facebook e vi que uma amiga da faculdade havia se mudado para lá. Na mesma hora eu pensei comigo: “Now, here is a very nice opportunity to go to NYC”! Depois de “curtir” o post dela e de deixar claro que eu pretendia visitá-la (sim, eu tinha intimidade suficiente para fazê-lo), liguei para minha irmã, Melissa, que sempre foi louca para conhecer esta cidade e disse: “Start packing your bags, babe, we´re going to NYC”! Claro que ela não entendeu nada! Hahaha! Mas passado o susto, começamos, de fato a organizar nossa viagem!
Alguns meses depois, Melissa e eu estávamos desembarcando no aeroporto John F. Kennedy, mais empolgadas do que nunca! Coincidentemente, alguns outros amigos também estavam lá. Pegamos um táxi e fomos direto para o Queens, onde minha amiga estava morando. O apartamento dela era uma graça, adorei a vizinhança e, diferente do que muita gente pensa, ficar fora de Manhattan NÃO é um bicho de sete cabeças! Nada que 15 minutinhos de metrô não resolvam!
Minha vontade era de deixar as malas no “QG central”, comprar um take away coffee e começar a explorar a cidade o maaaaais rápido possível! Mas naquele momento, não sei como, minha pilha duracell estava prestes a acabar. Ok, vamos descansar um pouquinho. Mas só um pouquinho! Aliás, acredito que este tenha sido o único momento de descanso. New York é uma das cidades mais lindas, cosmopolitas, interessantes e incríveis que já conheci na vida! Tem MUITA coisa para fazer: vários museus para visitar, muitos restaurantes para se deliciar, muitas baladas para se esbaldar (desde que você tenha contatos quentes, claro) e inúmeras lojas para comprar, comprar e comprar!
Tínhamos dois guias muito legais em mãos: “New York a Pé” e o meu preferido, “New York para Mãos de Vaca”! Extremamente útil. O primeiro também é muito legal! Ele nos fornece vários mapas de passeios que devem ser feitos a pé. Passeios por lugares aleatórios e bem diferentes dos roteiros feitos por turistas. Utilizando vários desses mapas, fizemos caminhadas realmente encantadoras e conhecemos lugares lindos e interessantíssimos, freqüentados, em sua maioria, somente por moradores. Já o segundo nos dá inúmeras dicas de fazer tudo que um turista faz, porém, gastando o mínimo possível. Vimos a Estátua da Liberdade de graça, comemos em lugares bons e baratos, assistimos a peças da Broadway pagando metade do preço e assim foi. Bom, não preciso mencionar que nossas economias foram “investidas” em roupas, sapatos e cosméticos, não é?! Ahhhhh, como é bom fazer compras em New York! PARAÍSO! Só fazendo compras no exterior para temos noção de quão abusivos são os preços no Brasil.
Sendo minha irmã viciada no seriado Sex and the City, obviamente também fomos a alguns dos lugares freqüentados pelas estrelas da série.
Tomamos sol no Central Park, jantamos no famoso (e delicioso) Bubba Gump na Times Square, alugamos um carro para ir até o Premium Outlet em Newark, assistimos a uma luta de MMA também em Newark, jantamos no Tao Restaurant (RECOMENDO 1000 VEZES), compramos galochas lindíssimas, comemos o cachorro quente mais sem graça do universo mas que ainda assim estava delicioso pelo simples fato de ser um hot dog nova iorquino, tomamos um milhão de cafés e comemos um milhão de muffins.
Enfim, acreditem se quiserem, mas até ao David Letterman Show nós fomos!!! Simmmmmmmmmmm! Honestamente, foi meio sem graça, mas valeu a experiência!
É difícil dizer quais meus lugares e programas preferidos em NY pois cada um deles tem seu valor. Mas o lugar que ganhou meu coração foi, sem sombra de dúvidas, um parque incrível chamado Bryant Park. Estávamos caminhando pela 5ª Avenida, impressionadas com a magnitude da mesma, quando minha irmã resolveu virar a direita na rua da biblioteca pública. Eu lembro que reclamei e bati o pé porque eu queria ir reto. Sim, briguinhas desnecessárias entre irmãos. Na maior calma ela disse: “Ai Cami, relaxa, vamos ver o que tem atrás da biblioteca e depois a gente volta”. Então lá fomos nós, andando na tal rua quando, de repente, aquele espaço verde, maravilhoso, enorme, cheio de árvores e mesinhas espalhadas foi aparecendo e crescendo diante dos nossos olhos. Eu lembro exatamente de como foi esse momento e da impressão que o Bryant Park causou em mim. É muito difícil de explicar mas quando eu vi aquele lugar tão lindo e tão vivo, transbordando boas energias, a vontade que eu tive foi de sentar ali e não sair nunca mais! E a Melissa ficou tão de boca aberta quanto eu. Juro, parecíamos duas crianças descobrindo a fantástica fábrica de chocolate! Para completar, do lado esquerdo do parque tinha um carrossel lindo e ao final do mesmo, um barzinho todo rústico, com bancos e balanços de madeira, cheio de flores e trepadeiras que completam o ambiente aconchegante e descontraído ao mesmo tempo. E como se não bastasse, ainda tinha uma fonte com um chafariz lindo e um “reading room” (uma estante cheia de livros, jornais e revistas para quem quisesse sentar para ler e devolvê-los antes de ir embora). No perfil tem uma foto minha lendo alguma coisa nesse lugar!
É muito provável que nem todos sentirão o que eu senti quando pisei naquela grama, principalmente porque não estávamos esperando nada quando entramos em uma rua aleatória. E quando não temos nenhuma expectativa, a surpresa é sempre maior e mais agradável. E embora eu afirme com todas as letras que NEW YORK CITY ROCKS, acredito que a “top tip” é não criar expectativas!
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